Poda

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Até onde eu consigo levar o meu egoísmo?
Quantos eu preciso machucar, magoar, sufocar, pra entender que o problema sou eu?

Vejo as minhas sombras em todos,
Crio problemas inexistentes,
Brigo, grito e choro só.
Ofendo sem perceber,
Machuco sem querer,
Magoo e magoo-me ao saber.

Será que eu sempre fui tão ruim assim?
Que meu cuidado, meu carinho e minha devoção
Na verdade estão imbuídos com a minha insegurança?
Que enganei a mim e aos outros esse tempo todo?

Atormento meu amor, sua mente e também sua alma,
Enquanto putrefaço a minha.
Despedaço os bons momentos em segundos,
com um extenso número de palavras e meias mensagens inclusas.

Provo da pouca sanidade que me resta,
Tem um gosto amargo, metálico.
Como o sangue, como a raiva, a loucura,
Tento enxergar em meio ao mar vermelho diante os meus olhos,
E só vejo, depois, o estrago.

Cortando suas asas,
Assim me sinto fazer,
Podando tuas ações,
Cerceando o teu livre arbítrio.
Como um dono, um sequestrador, um monstro.
Aprisionando quem eu quero ver livre,
Com o que eu chamo de amor.

Não existe perfeição [pieces]

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[(vários) Rascunhos que tenho, guardados faz (muito) tempo, mas não terminados.]

O que faz com que alguém seja lembrado?
São as boas ou as más ações que, no fim, realmente importam e ficam na memória?

Sempre que alguém conhecido morre, ouço que devo lembrar-me dos bons momentos e das boas ações daquele indivíduo.
Quando alguém que não conheço morre, ouço simplesmente que foi uma pena, ou permanece a indiferença.
Mas, quando alguém que é considerada ruim ou algo do tipo se vai, só ouço “já foi tarde”, “merecia ter morrido de forma pior, ter sofrido”, “vai ser julgado e vai pro inferno”.

Então eu me pego pensando sobre o que nos faz ser “julgados” no fim da vida.
Quais ações vão definir se fomos bons ou se fomos ruins, no final?

Meio termo

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Nem alta, nem baixa.
Nem gorda, nem magra.
Nem bonita, nem feia.
Nem ruim, nem boa.
Nem tão diferente, mas também não sou padrão.
Prefiro dizer que sou “meio termo”

1,56, na faixa dos 80 quilos, rosto considerado bonitinho, mas corpo feio.
Metade dos cabelos coloridos, bissexual, do signo de áries (shit!) e emocional de uma manteiga derretida.
Eu me considero normal. Do meu jeito, mas normal.

Sempre estive na posição de baixinha, mas não era anã. Gordinha para a sociedade magra e “não gorda” pros obesos. Cresci achando que só tinha barriga, peitos e pernas grossas.
Sempre fui aquela que, nas selfies, saia com o rosto lindo, mesmo sem maquiagem, mas selfie só de rosto e, no máximo um relance do busto. Não pode apelar muito também, né? Gorda e vagabunda não pode. Aliás, era a gorda aqui que os caras sempre corriam atrás pra sair… Mas só às escondidas: ninguém pode me ver com você.

Gostar de coisas estranhas, de sair do normal e me modificar também é algo que eu ache normal, mas que ninguém “padrão” acha legal.
-“Nossa, você tem piercing no nariz, na orelha e também alargador? E tatuagens? Não tem medo de não conseguir emprego? E quando você ficar velha? E esse cabelo meio roxo, não acha que já passou da idade pra fazer essas coisas?”
E se eu disser que também tenho piercing no mamilo?
-“Nossa, corajosa! Imagino a dor!!! Posso ver?”/”Sua louca! Como pôde fazer isso?”/”Sério? Tenho o maior tesão em ‘gordinha de piercing’, sabia? Será que não rola da gente sair qualquer dia desses?”
E se eu disser que sou bissexual também?
-“O que? (se afasta)”/”Sério? Você vai dar em cima de mim?”/”Quantas minas vc já pegou? Aceita menage?”
Eu, apesar disso tudo, ainda me acho normal.

Não ser o que as pessoas esperam:
-Seu cabelo não é liso, nem enrolado. É liso na raiz, ondulado no meio e encaracolado nas pontas.
-Você é branca, não pode reclamar de nada.
-Seu pai é moreno? Então você é oq?
-Você não pesa mais de 100kg, não é gorda. 46 ainda é tamanho de magro.
-46? Nossa, você precisa fazer um regime. Seu namorado não reclama?
-Você se formou em Administração? Nossa, você realmente não sabe o que quer da vida, não é? hahaha
-24 anos e ainda mora com a mãe? Não trabalha de carteira assinada?
-Como assim que você trabalha, paga suas contas pessoais e ainda mora com sua mãe?
-Achei que, por vc ser bissexual, nós poderíamos fazer um menage…
-Eu acho seu corpo lindo, mas você não quer ser fitness comigo?
-Você podia se arrumar mais pra mim. Adoro quando você se arruma.
-Nossa, vc tem um rosto tão lindo… (aquele “mas” silencioso que a gente percebe em algumas frases)
E depois disso, será que eu ainda posso me achar normal?

Eu acho que sim, ESPERO que sim.
Espero, principalmente, que as pessoas parem de cagar regra e aceitem uns aos outros como são. E que sejam felizes com isso.
Espero que as pessoas que amam/gostam/simpatizam com alguém que seja “meio termo” entendam que, se a pessoa quiser mudar, ela vai mudar. E se ela não quiser, se ela se sentir bem como é, ela vai permanecer assim. Se você gosta de alguém assim, não mude-a, pq nem sempre as mudanças forçadas, impostas e obrigadas “por um senso comum”, são boas ou proveitosas.
Aproveite pra viver bons momentos com quem ama, e esqueça os padrões… por favor.

 

Thoughts

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O tempo passa. Sempre passa.
E com ele, leva tudo o que não “seguramos” conosco.
Leva aquelas memórias dolorosas, leva os momentos que desejamos não ter vivido, leva pensamentos, pessoas, tudo.

O tempo é implacável. Mas também, justo.
Demorei um bom tempo para (começar a) entender isso.
Tive de passar por caminhos dolorosos, indesejados, infrutíferos e frios. Passar por experiências que, tenho certeza, nunca mais gostaria de passar novamente.
Passei por tudo isso para, hoje, poder dizer que estou sendo recompensada.

Aos poucos, parece até mentira, as coisas vão dando certo.
Passo a passo, vou tirando as pedras do caminho, pulando ou contornando algumas, também.
Lentamente, o tempo vai te mostrando que você merece ser feliz.

Que o sorriso de um alguém, aquele alguém que você não dava nada por, o sorriso desse alguém… te faz sentir o coração se expandir…
Te faz ver graça nas coisas mais banais. Te faz ver a beleza no mais cinza dos céus.
Então, você percebe que o tempo lhe mostrou que, apesar das dúvidas, há sim (sempre) uma nova chance de ser feliz.

E até escrever se torna mais interessante, voltar a montar versos tortos, meio sem sentido. Aos poucos colocar pra fora todo aquele sentimento guardado, lá no fundo do coração e cheio de poeira…. e usá-lo, deixando-o transbordar todo nessa nova pessoa.

Sobre mentiras reais e fantasias de verdade

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Estive me perguntando, durante um bom tempo, sobre a imagem que tenho de mim mesma e a imagem que as pessoas tem de mim.
Eu já sabia que ambas as imagens eram diferentes, mas quando analisei de verdade, percebi que eu tenho uma “outra personalidade” em mim.
A pessoa que eu externo aos outros chega a ser o total oposto da pessoa que eu acredito ser, em diversas ocasiões.

Procurei mudar, colocar mais o meu “eu interno” em evidência, acreditando que estava certa. Mas aos poucos me peguei externando novamente algo que não sou.
Pensando nisso, e talvez sem coragem de procurar alguém para conversar sobre, cheguei a conclusão de que, em alguns tópicos específicos, essas diferenças eram gritantes demais para serem ignoradas.

Como na parte de externar o que eu sinto. Quando estou cara a cara com alguém, não digo nem metade do que eu estou pensando, as vezes até digo o contrário do que queria. Mas sozinha, sou totalmente sincera comigo mesma (meus textos daqui são escritos quando estou sozinha, inclusive).
Eu amo, odeio, chorro, sofro e me apaixono em silêncio, e só consigo externar algumas alegrias, compaixão e irritações.

É como (mais) uma barreira que eu ponho entre o meu interior e as pessoas.
Eu nunca tinha percebido o quão eu fui afetada pelo passado, por mais que eu tivesse reconhecido, por muitas vezes, que eu havia amadurecido e armado minhas defesas.
O quão dura eu havia me tornado comigo mesma e com os outros me assustou.

O quão falsa eu me sinto por sorrir e dizer sim quando na verdade eu gostaria de gritar não e sair dali.
Perceber isso me desgastou emocionalmente.
Seria esse o destino de todas as pessoas? Ou eu estou me deixando endurecer por não ser forte o suficiente?
Isso tudo é medo de ser doce, dócil, e no fim acabar me machucar novamente?

Das voltas que a vida dá

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Me sinto meio tonta.
Pela lógica, quando termina-se um ciclo, outro logo se inicia.
Quando alguém sai de nossas vidas, logo outras chegam.
Mas porque algumas coisas e pessoas teimam em voltar?
Quando achei que havia esquecido, que havia superado, eis que me aparecem pessoas do passado querendo aproximar-se novamente.
Não consigo visualizar o início de um novo ciclo nessa situação.
E também não consigo entender o motivo pelo qual voltam essas pessoas.
Quando consigo terminar enfim a faculdade, quando penso que a vida agora vai mudar, faço planos e construo novos sonhos pra um futuro que eu espero não ser muito distante.
Quando finalmente dou outro passo pra minha independência, quando penso que enfim sigo pelo caminho que eu tanto planejo, aproximam-se de mim as pessoas que participaram da minha história e desertaram.
Não é magnetismo, não acredito que eu tenha esse poder. Ainda mais que as únicas pessoas que se reaproximaram foram as únicas capazes de deixar meu coração em pedaços antes.
Será que eu, quando finalmente consegui juntar meus cacos e colá-los com tanto empenho, agora estou correndo perigo de ver meu trabalho duro ruir?
Enquanto uma dessas pessoas diz não querer me machucar (mais do que já fez no passado) e me chama pra sair na condição de amante, o outro termina um relacionamento e vem me pedir desculpas por tudo o que me fez e me reconhece como uma pessoa boa.
Talvez eu seja boa demais pra isso tudo, inocente demais, talvez eu me entregue demais e depois fique com um pouco de receio de receber algo em troca, ou talvez eu seja mesmo é idiota pra caralho e deixe que essas pessoas se aproximem de mim.
De qualquer forma, minha confusão se estende somente ao motivo pelo qual as pessoas que mais foderam com meu coração voltam pra me assombrar quando estou certa de que elas já não fazem parte da minha existência.
Nunca fui de pouca coisa, de miséria, sempre gostei do tudo, do muito. Me entreguei muito, amei muito, fui muito eu, sofri muito, chorei muito e vejo que passei por muito e aprendi muito, hoje não quero menos que o muito. Não aceito o segundo lugar na vida, não aceito os encontros noturnos, não aceito somente tapar os buracos da solidão alheia.
Quero preencher, quero ser plena, quero dar muito de mim e receber muito em troca, quero muito no futuro pra poder olhar pra trás novamente, num futuro início de ciclo, e perceber que o que tenho hoje ainda não é muito o bastante.

It still hurts me

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Eu não consigo entender a facilidade de algumas pessoas em dizer coisas que machucam.
Não entendo como elas simplesmente vomitam maldades e mais maldades pela boca, sem se preocupar no quanto aquilo vai machucar.
É impossível que não saibam o mal que estão passando em suas palavras, ou que não acreditem que as palavras ditas à terceiros não vão chegar ao alvo m questão.
Elas chegam, por alguém que também quer fazer mal, ou por alguém que só te quer bem e manifesta a revolta em ouvir algo ruim de você.
Mas elas chegam. E por mais que sorrisos falsos ou “eu não me importo”(s) sejam ditos, elas machucam com uma facilidade tão grande, que parece mais um ferimento físico.

E quando esse “agressor” (porque agride com palavras), essa pessoa que te faz mal mesmo de forma indireta, é alguém que você amou, que você aprendeu, desde antes dos primeiros passos, a não fazer nada além de amar e querer a presença dessa pessoa. Quando é alguém que você simplesmente não imaginasse uma vida sem ela, aquela pessoa que mesmo depois de todos os erros e maldades, continua sendo especial pra você.
Quando o seu “agressor” é essa pessoa, não tem dano físico que se compare ao rombo que um simples “comentário maldoso” faz.

A sensação de fracasso, de impotência, a vergonha, a raiva e principalmente a mágoa fazem com que você queira sumir, fechar os olhos e poder esquecer aquela voz que fica a repetir uma frase que machuca mais que qualquer outra coisa ruim que você já tenha ouvido. Faz com que você não veja mais alternativas além de enfrentar o problema de cabeça erguida ou fazer algo para desaparecer de vez e cessar a voz dentro da sua cabeça.
Passa-se de tudo na cabeça, desde um “tempo das redes sociais e da vida social” até um “tempo definitivo da existência”. Mas, vale a pena deixar-se levar por alguém que não quer te ver feliz? Vale a pena dar fim ao seu sorriso por causa das atitudes de alguém? Vale a pena desistir de abrir os olhos por causa de alguém que você só quer ver bem?

Fazia tempo que eu não me sentia tão mal. Por mim, por pensar em dar fim à minha própria existência, por alguém que ajudou a me criar. Me sinto mal por não entender como um erro que não foi meu, hoje pesa sobre as minhas costas, sendo que a minha decisão foi simplesmente a de me afastar. Como, no fim das contas, sou eu a culpada? O que eu fiz pra merecer comentários maldosos de alguém que eu aprendi a respeitar e amar antes mesmo de falar? Alguém que, em tese, era pra estar aqui comigo, me ajudando a enfrentar a vida e me dando conselhos, apoio, mas que em vez disso, está denegrindo minha imagem pra pessoas que não importam, pra pessoas que espalham toda maldade que fala pra fora. Pra que chegue aos meus ouvidos, pra que machuque o meu coração.

Nesses momentos eu escrevo, e choro, me perguntando onde eu errei, onde você errou, o porquê de eu merecer isso, e se é realmente necessário passar por isso… ou se eu posso simplesmente terminar com tudo de uma vez.

Às borboletas-fênix do meu estômago

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À vocês, animais complexos que vivem dentro de mim,que ficaram por tanto tempo inativas, hibernando, talvez até realmente mortas… Mas que, ao mínimo sinal de afeto correspondido, ressurgem como a fênix, soltando labaredas de felicidade e insegurança.

Vocês, animais incompreensíveis, que conseguem ler-me com facilidade e expor os sentimentos que eu tento guardar a sete chaves dentro do mais profundo canto da alma.
Vocês conseguiram colocar em risco todo o meu disfarce de “não estou nem aí”.

Qual seria o motivo? Eu fico me perguntando…
Por que me expor à mim mesma? Me colocar de frente com sentimentos que estão comigo a tanto tempo, mas que são novos pra mim, que nunca assumir senti-los…. Isso é maldade.

Maldade pois tenho tanto pra dar, transbordo sentimentos, mas recebi tão pouco pra me permitir doar algo… E mesmo assim eu ainda quero continuar doando-me. Mesmo sabendo que não receber quase nada em troca.

Por culpa desses malditos animais que queimam meu estômago, aquecem meu coração, meus olhos e meu sorriso. Por culpa deles, e só deles, eu percebo que o certificado de trouxa está colado na minha testa pra sempre.

Por culpa deles, me pego sorrindo sozinha, antecipando sentimentos e inseguranças. Sofrendo antes do tempo, doando-me mais ainda por esse mesmo motivo.
Querendo enfrentar o mundo e ainda o temendo, tudo parada, no mesmo lugar.

Às malditas borboletas que estavam muito bem apagadas no meu estômago eu digo: Obrigada, mas eu odeio vocês.

Estou sentindo-me ótima e na merda, tudo ao mesmo tempo.
Estou adorando sentir certas coisas, mas odiando outras.
Estou perdida dentro de mim mesma, mais uma vez.

À vocês, borboletas, eu peço calma. Por um tempo, mesmo que curto, “borboletem” menos dentro do meu estômago… Me deixem pensar e agir com calma por alguns momentos…

Me deixem, pelo menos, não espantar o pouco do carinho que estou recebendo…

20 coisas pra fazer esse ano

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Eu nunca deixo recadinho pra ninguém que lê/dá like nesses posts, mas hoje vou fazer diferente, porque mal iniciei o ano e já me arrependo de não tê-lo começado de forma totalmente diferente. Então:
Feliz 2016, pessoal! Que neste ano todos os teus desejos se realizem, que vocês obtenham o sucesso que almejam e blábláblá, tudo de bom pra vocês, beijos da tia.

Hoje, especialmente, eu estou aqui pra preencher o espaço com a primeira das várias listas que eu estou pensando em jogar aqui no blog, que é a de 20 coisas que eu quero fazer/promessas que eu provavelmente só vou cumprir uma parte. Sim, isso mesmo.

Segue então, a bichinha:

1- Arrumar o quarto
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(meu quarto com certeza é pior que esse aí.)

2- Comprar mais livros
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(livros nunca saem de moda, e nunca são demais.)

3- Deixar de gastar dinheiro à toa
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(levar isso pra vida)

4- Voltar a treinar
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(E que eu não pare mais.)

5- Emagrecer
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(E ficar com um corpinho assim)

6- Ser mais paciente
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(muito mais)

7- Ser feliz e bem sucedida no trabalho
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(oh yeah.)

8- Deixar o passado pra trás
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9- Jogar mais
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10- Conhecer coisas/pessoas novas
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(e músicas, séries, animes, lugares, livros, etc tb.)

11- Desapegar do/pegar logo o crush
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12- Mudar o cabelo
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(mais pro tom de cinza, mesmo :D)

13(meu número da sorte)- Terminar o tcc e a faculdade numa boa
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(por favor, nunca te pedi nada!)

14- Passar num concurso logo
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(e ter vários dinheiros. /dreamhard *¬*)

15- Colocar minhas séries/livros/animes/jogos em dia
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16- Fazer mais tatuagens
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(se der, ficar tão linda quanto essa mulher, também… Mas milagres eu não vou pedir nessa lista. kkk)

17- Ser mais simpática/amável
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(muito, mais muito.)

18- Me cuidar mais
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(muito mais)

19- Entrar na auto-escola
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(vruuuuum <3)

20- Ser eu mesma :B
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E então, fareis mais listinhas,sobre tudo, quando der/eu entrar/eu lembrar.

 

 

Não tema a tempestade

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E o meu ano já começou assim, de tempo fechado.
Cheio de nuvens carregadas e estranhas.
A correria das pessoas, adiantando o passo por prever a grande chuva, era o que mais me preocupava. Junto com elas, corria o tempo, entre meus dedos.

Depois, as nuvens mais escuras vieram, e com elas, os trovões.
E o barulho doía às orelhas e acelerava o coração.
O vento começava ficar frio, bagunçava as árvores e os cabelos.

As folhas então começavam a cair.
E também os primeiros pingos da chuva.
Caindo lenta e ritmicamente ao chão, espatifando-se, espalhando-se e penetrando na terra.

O vento mais forte ficava, minhas mãos não mais serviam para segurar os cabelos, a roupa ou para proteger-me da chuva.
Comecei a me encharcar.

Então, vieram os raios.
E as repentinas claridades, os fios amarelados cortando os céus, o barulho poderoso dos trovões e a chuva que caía, agora forte e pesada, como lágrimas infinitas vindas de cima.

Parada ali, no meio da tempestade eu senti o frio do corpo molhado, o incômodo quase doloroso dos grossos pingos que caíam no meu rosto e cabeça.
O vento que cortava os frágeis galhos das árvores e arrastava consigo as folhas que grudavam nos meus cabelos pesados pela água.

Foi então que eu senti, pela primeira vez, o quão monstruoso era estar só no olho da tempestade. Mas o quão belo era aquele espetáculo.
Eu nunca vou esquecer da sensação de impotência diante daquilo tudo.

Porque, ali no meio de tudo, eu não era a causa ou a consequência. Eu fazia parte daquele todo. Estava no cenário, apesar de não ser a personagem principal.

Eu passei pelos pingos grossos e gelados, pelo vento cortante e frio, pela roupa molhada e cabelos grudados na cabeça. Passei pelo barulho dos trovões, pelo vislumbre dos perigosos raios, passei pelas lágrimas quentes descendo pelo meu rosto e misturando-se aos pingos da chuva.

Passei pela dor, pela perda, pela decepção, pelo vazio e pela maré problemática que a vida me trouxe.
Passei, como pela chuva. Senti na pele, aguentei e vi aquilo tudo passar.

Vi que não tinha motivos pra temer a tempestade pois depois dela, mesmo com o cenário bagunçado, sempre vem a calmaria e o agradável cheiro de terra molhada. A superação que se sente, o ar fresco que entra pelas narinas, a liberdade e a certeza de que, por essa tempestade você não foi levado.

Então, quando tudo estiver frio, cinza e doloroso, lembre-se, mocinha.
Lembre-se de que, depois da tempestade, o tempo sempre será ensolarado e brilhante.